sábado, 11 de outubro de 2008

Relato de uma mulher bomba ( 2 / 2 )

Casamento
Wood comentou que Anas havia se casado há pouco tempo e perguntou o que seu marido pensava de sua decisão de se tornar uma mulher-bomba. "Quando meu marido se casou comigo ele sabia do meu modo de pensar. Ele sabe exatamente quem eu sou e dicidiu se casar comigo baseado nisso. O casamento não representa um obstáculo de maneira alguma".

"Isto (a minha decisão) é uma inspiração que vem de Deus e você está certo do que está fazendo, escolheu seu caminho e não se arrepende". Ao ser indagada sobre o que seus pais e irmãos pensam de sua decisão, Anas explicou que a família não sabe. "Mártires, homens ou mulheres, tem de trabalhar em segredo, ninguém pode saber. Você tem de tomar muito cuidado para não dar nenhum sinal do que está prestes a fazer.".

"Às vezes eles sentem ou vêem os sinais do martírio no seu rosto, sentem que há algo diferente mas não sabem ao certo". O correspondente da BBC perguntou se Anas mudaria de idéia caso ficasse grávida. "Eu teria o bebê, o criaria por algum tempo e depois o entregaria aos meus sogros para que eles tomassem conta dele. O bebê ficaria, como um pedaço de mim".

Quanto ao tipo de alvo que estaria preparada para atingir, Anas não faz distinções entre civis e militares, mulheres e crianças. "(Eu mataria) soldados israelenses e civis também, porque ambos tomaram nossa terra", disse. "Crianças são civis mas crescem e se tornam soldados. São todos iguais, todos foram educados para nos odiar". "Eles precisam saber que a Palestina é apenas para os palestinos".

"A idéia (de que minha morte é iminente) está sempre na minha mente. Tomo cuidado a cada passo que dou porque sei que vou me sacrificar", disse Anas. "Tento não cometer erros para que possa estar pronta para o martírio". Para o correspondente da BBC, a motivação por trás da decisão de Anas é religiosa e não nacionalista. Durante muito tempo, a lei islâmica proibia que mulheres fossem usadas em operações militares, mas a lei foi alterada por clérigos islâmicos em Gaza há alguns anos.

Fonte: Último Segundo

NOTA: Em entrevista, o filho de um dos líderes do Hamas convertido ao Cristianismo, Mu´sab Hassan Yousef, afirmou que ´O problema não é o Hamas, o problema não são as pessoas. A raiz do problema é o Islã em si mesmo, como uma idéia. E sobre o Hamas como uma organização, é claro, a liderança do Hamas, incluindo meu pai, eles são responsáveis; eles são responsáveis por toda a violência que aconteceu a partir da organização. Eu sei que eles descrevem isso como uma reação à agressão israelense, mas mesmo assim, eles são parte disso e eles tinham que tomar decisões naquelas operações contra Israel, pelas quais houve o assassinato de muitos civis. (Clique AQUI para ver a entrevista, na íntegra). O Jihad Islâmico é um grupo terrorista similar ao Hamas, e penso que o que Hassan disse serve para ambos. Não nos esqueçamos de que a ONU reconheceu o Estado de Israel, em 1948, e que Israel foi invadido por uma coalizão de países islâmicos, liderados pelo Egito, em 1966, da qual Israel saiu vencedor (a famosa ´guerra dos seis dias´). Uma pergunta: Objetivando, claro, sua segurança, Israel cria ´áreas de exclusão´ e campos de refugiados, pois todos lutaram pela destruição do Estado judeu. Por que os países fomentadores da guerra não abrigaram os palestinos? Israel, com toda a ´truculência´ com o que é conhecido na fronteira, abriga palestinos, dá trabalho a árebes-israelenses, tem tirado campos de colonos e devolvido aos palestinos, mas parece que NADA adianta. Nunca se ouviu dizer que Israel está atacando de forma terrorista este ou aquele país, mas países podem abrigar livremente terroristas, muní-los, financiá-los, e quem disser qualquer coisa é ´genocida´? O que vemos é o bom e velho uso da boa vontade de uma massa de ignorantes (observe, até de sua própria fé) em benefício de poucos. Pobres palestinos...

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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